A Agropalma, maior produtora de óleo de palma sustentável da América Latina, tem investido para ampliar suas ações ambientais e contribuir para que o Brasil se torne uma referência em sustentabilidade nessa cultura. A empresa investe na preservação da floresta, na conservação da biodiversidade e na redução da emissão de gases que provocam o aquecimento global. A companhia tem plantações e unidades industriais no Pará e uma refinaria em Limeira, no interior de São Paulo.

“Desde sua fundação, em 1982, a empresa tem como filosofia cumprir rigorosamente a legislação ambiental”, afirma o diretor de sustentabilidade da Agropalma, Tulio Dias Brito. A companhia tem 107 mil hectares de terras na Amazônia, mas 60% da área é preservada. Desde 2001 não há desmatamento nem queimadas por lá.

A Agropalma mantém um sistema de proteção contra caçadores, roubo de madeira e incêndios, e de monitoramento da biodiversidade. Em 2007, a empresa firmou parceria com a ONG Conservação Internacional (CI) para promover um programa de estudos da biodiversidade em suas áreas florestais. A CI atua em mais de 30 países e está presente no Brasil há 30 anos.

Biólogos da Universidade Federal do Pará visitam a região regularmente para pesquisar a fauna. De acordo com Brito, foram catalogadas 11 espécies endêmicas e 40 ameaçadas, num total de 1.029 monitoradas. Segundo o diretor sênior de Programas da CI-Brasil, Miguel Moraes, foram identificadas ainda quatro espécies novas.

Moraes informa que o trabalho da CI tem dois pilares: ciência e diálogo. “Essa era a preocupação da Agropalma também”, afirma. Ou seja, a organização encontrou uma empresa interessada na ciência e aberta ao diálogo, diz. Para ele, a CI ajudou a Agropalma a organizar os “anseios” que a companhia já tinha sobre responsabilidade ambiental.

A Agropalma mantém 27 vigilantes, dois inspetores, um supervisor e um coordenador. Eles percorrem as propriedades em busca de atividades suspeitas.

BALANÇO NEGATIVO DE CARBONO

A companhia monitora suas emissões desde 2013. A empresa emite gases, por exemplo, quando usa combustíveis fósseis, prepara área para plantio e utiliza fertilizantes, mas sequestra carbono ou evita emissões quando estabelece as palmeiras em áreas antigas de pastagem, preserva a floresta e usa biomassa para gerar energia. “Nosso balanço de carbono é negativo”, diz Brito.

Na área operacional, as maiores emissões ocorrem nas lagoas de tratamento de efluentes da produção de óleo, com a geração de metano. A empresa vai instalar biorreatores até 2025 para capturar o gás, que pode ser usado para geração de eletricidade ou nas caldeiras da própria companhia. “Vamos eliminar 80% de nossas emissões operacionais de gases de efeito estufa”, afirma Brito.

O executivo acrescenta que o rigor com que a empresa trata as questões socioambientais “irradia” para sua cadeia de suprimentos. A Agropalma tem um Código de Ética e Conduta que obriga fornecedores e prestadores de serviços a cumprir as leis trabalhistas e ambientais para fechar contratos com a companhia.

“Conseguimos demonstrar que é possível ter uma produção em escala industrial aliada à preservação e mostramos que a preservação ajuda no negócio”, declara Brito. A Agropalma produz 160 mil toneladas de óleo vegetal por ano (100% rastreáveis, da colheita ao produto final) e emprega cerca de 5,3 mil pessoas.

DESEMPENHO AMBIENTAL E SOCIAL

Resultados atingidos pela Agropalma; empresa combate as mudanças climáticas e tem balanço negativo de carbono

 

Fonte: Estúdio Folha