O País é o décimo maior produtor mundial de óleo de palma e exemplo de sustentabilidade na sua produção, já que a legislação brasileira exige que a palma seja cultivada apenas em áreas já degradadas; além disso, a lei estipula que, para cada hectare de palmeira, o proprietário deve manter outro preservado ou reflorestado. 

De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), mais de 85% da produção brasileira está concentrada no Pará, onde existem 207 mil hectares de palma de óleo. As terras empregadas na expansão da cultura respeitaram o zoneamento agroecológico, que delimitou a áreas com condições adequadas de solo e clima e que se encontravam desmatadas ou antropotizadas. Segundo o zoneamento, o Brasil possui mais de 7 milhões de hectares antropotizados e com condições ideais, do ponto de vista de solo e clima, para a introdução da cultura de palma de óleo, que assim torna-se, no Brasil, uma alternativa de recomposição da cobertura vegetal que captura fases de efeito estufa, além de gerar emprego e renda. 

Considerada a maior produtora de óleo de palma sustentável das Américas, a Agropalma deverá produzir, em 2022, aproximadamente 180 mil toneladas de óleo de palma. A sua maior unidade de produção está no município de Tailândia, no Pará – são 107 mil hectares de área total, sendo 64 mil de reserva florestal, 39 mil de palmeiras plantadas e 6 indústrias de extração de óleo bruto, região que mantém mais de 5 mil colaboradores. Na cidade de Belém, a companhia faz o refino e fracionamento de palma, tendo unidade de acondicionamento de gorduras  (UAG), terminal fluvial para cabotagem e onde realiza a exportação dos óleos. No interior de São Paulo, em Limeira, a empresa faz o refino e fracionamento de palma e palmiste, contando com a unidade de acondicionamento de gorduras (AG), hidrogenação e interesterificação. “A partir da inauguração desta refinaria de Limeira passamos a desenvolver novos produtos e acompanhamos d perto as necessidades de nossos clientes, desenvolvendo soluções customizadas. Lá temos um centro técnico de óleos e gorduras com estrutura completa – laboratório de aplicação, planta piloto, sala para testes sensoriais e cozinha show para apresentações práticas e treinamentos, com a possibilidade de receber clientes e cocriar formulações”, esclarece o Diretor Comercial da Agropalma, André Luiz de Toledo Gasparini. 

“A Agropalma vem trabalhando desde 2010 em um programa de clonagem, selecionando as melhores variedades de palma para produção das próprias mudas”. 

 André Luiz de T. Gasparini, Agropalma. 

 

O crescimento sustentável da produção 

O Executivo da Agropalma explica que o planejamento da companhia tem como base o crescimento sustentável da produção. O aumento de produtividade está alicerçado na adoção de melhores práticas de cultivo e tecnologias, como a utilização de drones para monitoramento do plantio e de etiquetas RFID (identificação por radiofrequência) com o objetivo de otimizar a logística de colheita e entrega dos frutos às usinas de extração. A Agropalma vem trabalhando desde 2010 em um programa de clonagem, selecionando as melhores variedades de palma para produção das próprias mudas o que também irá gerar maior produtividade a médio e longo prazo. Outra frente de atuação é o projeto de compostagem, desenvolvido a partir do conceito da bioeconomia circular, utilizando os subprodutos da extração do óleo de palma na transformação em adubo orgânico de alta qualidade. 

 

A PALMA 

  • Produz até 30 vezes mais do que outras oleoginosas; 
  • Bem orientada, segundo os critérios sociais e ambientais exigidos pela legislação brasileira e pelos modernos critérios internacionais de sustentabilidade, a cultura do óleo de palma pode ter imporante papel n a redução da pobreza das regiões produtoras; 
  • No Brasil., só pode ser plantada em áreas degradadas, que não teriam outra utilização; 
  • Pode ajudar no sequestro de carbono, contribuindo para mitigar os problemas relacionados ás mudanças climáticas.  

Fonte: Abrapalma 

 

As ações e compromisso de sustentabilidade  

Agropalma 

Desde 1982, quando foi criada, a companhia possui práticas concretas de preservação da biodiversidade da Amazônia e ajuda a desenvolver as comunidades ao redor de suas operações. Isso se reflete em ações voltadas à preservação da floresta amazônica, do desmatamento zero ao combate às mudanças climáticas, além de trabalhar pelo bem-estar das pessoas. 

A abordagem de sustentabilidade da Agropalma desenvolve-se organicamente e com mais velocidade nos últimos 20 anos, utilizando-se dos sistemas de certificação mais avançados, bem como do feedback das partes interessadas e estrita aderência à forte legislação ambiental e social do Brasil. 

Preservação das florestas 

A empresa tem 64 mil hectares de reserva florestal que fazem parte de suas terras e isto corresponde a 60% de sua área total de 107 mil hectares, onde estão situadas suas fazendas, na cidade de Tailândia, no Estado do Pará. 

Também vem realizando um trabalho importante para preservação do maior bioma do planeta. Firmou parcerias com a conservação Internacional (CI) e o Instituto Peabiru, entre outras instituições, para garantir a preservação da biodiversidade presente em suas reservas, que inclusive compõem parte da floresta amazônica. Nesta região, foram registradas mais de 1000 espécies de animais, das quais 40 espécies estão ameaçadas de extinção e 11 são endêmicas do Centro de Endemismo de Belém (CEB). 

As atividades de proteção e restauração florestal se expandiram para além da Amazônia, tendo sido implantadas também na refinaria localizada no Estado de São Paulo. Na área próxima à fábrica, em Limeira, a empresa está restaurando 2,5 hectares de Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais diversos do mundo. 

Atuação sustentável é certificada 

A Agropalma possui certificações nacionais e internacionais e atua  de acordo com os princípios e critérios da Round Table on Sustainable Palm Oil (RSPO), principal reconhecimento internacional que atesta a produção do óleo de palma sustentável, com os indicadores do Palm Oil Inovation Group (POIG), uma iniciativa entre empresas que produzem óleo de palma e ONGs internacionais; também reforçam esse reconhecimento o IBD (Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural) e o USDA Organic, entre outros. Essas certificações reconhecem algumas das melhores práticas desenvolvidas pela empresa, como o cuidado com a terra. A Agropalma concentra esforços em iniciativas de pesquisa e desenvolvimento para modernizar as plantações e práticas agronômicas para a eficiência do uso do solo. Destacam-se a análise periódica para melhorar a gestão de fertilizantes, monitoramento das emissões decorrentes de mudanças no uso do solo e o não desenvolvimento de plantações em solos orgânicos turfosos ou inadequados para cultura de palma. 

Busca pelo Carbono Zero 

A empresa anunciou em 2021 parceria com uma consultoria especializada na conservação de florestas e na comercialização de serviços ambientais, para o projeto REDD+, um incentivo desenvolvido na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A busca pelo Carbono Zero também é um dos principais desafios. Com o projeto, a Agropalma não apenas será uma companhia neutra em emissões, mas passa também a contribuir para que outras empresas possam fazer a sua parte para combater as mudanças climáticas. A empresa passou a ser carbono negativo. 

Caminhão movido a gás 

Nos últimos dois anos, desenvolveu várias iniciativas com foco em logística verde e em junho deste ano, deu início ao projeto de um caminhão movido a gás natural, que está atendendo à sua unidade de Limeira, no Estado de São Paulo. A mudança do combustível traz diversos benefícios ao meio ambiente, como emissão significantemente menor de óxidos de nitrogênio e a supressão de óxidos de enxofre, responsáveis pela chuva ácida. Além disso, estima que reduzirá suas emissões de dióxido de carbono em 21% na rota feita pelo caminhão, o que representa uma redução de 36.000kg por ano. 

Cuidado com as pessoas 

A relação com as comunidades também está no centro da estratégia de sustentabilidade. A empresa é pioneira no programa de agricultura familiar com palma, por meio da qual estabeleceu parceria com mais de 200 agricultores familiares. Hoje, com o cultivo do dendê, as famílias chegam a faturar quase R$20 mil por mês, um aumento de 685% na renda média dos agricultores familiares nos últimos 15 anos. Ainda neste âmbito social e da relação com as comunidades, a companhia mantém a Escola Agropalma, oferecida a todos os filhos de colaboradores da companhia. Sua prioridade é garantir que esses alunos possam concluir uma educação básica de qualidade e cheguem ao ensino superior. 

Fonte: Revista Óleos e Gorduras – Edição 44 – Ano 8