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Conservação da Floresta Amazônica: dever de todas as esferas

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Agropalma inicia projeto que irá viabilizar a venda de créditos de carbono

A Agropalma, maior produtora de óleo de palma da América Latina, informou que estabeleceu uma parceria com a Biofílica, empresa especializada em conservação de florestas e comercialização de serviços ambientais, para iniciar seu projeto de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+ Ararajuba).

Segundo a Agropalma, a Biofílica tem em seu portfólio de projetos a maior área sob certificação de créditos de carbono florestal na Amazônia, com 1,5 milhão de hectares sob conservação. E conta com um banco de florestas para compensação de reserva legal de mais de 4,6 milhões de hectares em todos os biomas do país.

A Agropalma lembra que os projetos REDD+ Ararajuba combinam atividades como manejo sustentável, promoção do agroextrativismo e monitoramento de biodiversidade, financiadas a partir da comercialização de créditos de carbono. Trata-se de um mecanismo desenvolvido no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento na conservação de suas florestas, implementado por meio do uso de padrões de certificação voltados ao mercado voluntário.

Projeto de 30 anos

“O projeto desenhado com a Biofílica terá 30 anos de duração e irá viabilizar a venda de créditos de carbono pela Agropalma a partir do seu segundo ano”, informou a Agropalma em nota enviada ao Valor. Responsável por uma área de 107 mil hectares na região Amazônica, a companhia preserva 64 mil hectares, com investimentos de cerca de R$ 1,5 milhão por ano em seu programa de Proteção Florestal.

“A busca pelo carbono zero é um dos principais desafios de empresas e governos na busca pelo cumprimento das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris. Para a Agropalma, o projeto REDD+ Ararajuba é um grande passo nesse sentido”, afirma Tulio Dias Brito, diretor de sustentabilidade da Agropalma, na nota. Ainda no terreno da sustentabilidade, a empresa anunciou que, na temporada 2018/19, concluiu 100% da rastreabilidade do óleo de palma que produz, da colheita dos frutos às suas cinco indústrias de extração e duas refinarias. A companhia também desenvolveu um código de ética e conduta para fornecedores e prestadores de serviços.

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Agropalma quer tornar produção sustentável uma referência no Brasil

A Agropalma, maior produtora de óleo de palma sustentável da América Latina, tem investido para ampliar suas ações ambientais e contribuir para que o Brasil se torne uma referência em sustentabilidade nessa cultura. A empresa investe na preservação da floresta, na conservação da biodiversidade e na redução da emissão de gases que provocam o aquecimento global. A companhia tem plantações e unidades industriais no Pará e uma refinaria em Limeira, no interior de São Paulo.

“Desde sua fundação, em 1982, a empresa tem como filosofia cumprir rigorosamente a legislação ambiental”, afirma o diretor de sustentabilidade da Agropalma, Tulio Dias Brito. A companhia tem 107 mil hectares de terras na Amazônia, mas 60% da área é preservada. Desde 2001 não há desmatamento nem queimadas por lá.

A Agropalma mantém um sistema de proteção contra caçadores, roubo de madeira e incêndios, e de monitoramento da biodiversidade. Em 2007, a empresa firmou parceria com a ONG Conservação Internacional (CI) para promover um programa de estudos da biodiversidade em suas áreas florestais. A CI atua em mais de 30 países e está presente no Brasil há 30 anos.

Biólogos da Universidade Federal do Pará visitam a região regularmente para pesquisar a fauna. De acordo com Brito, foram catalogadas 11 espécies endêmicas e 40 ameaçadas, num total de 1.029 monitoradas. Segundo o diretor sênior de Programas da CI-Brasil, Miguel Moraes, foram identificadas ainda quatro espécies novas.

Moraes informa que o trabalho da CI tem dois pilares: ciência e diálogo. “Essa era a preocupação da Agropalma também”, afirma. Ou seja, a organização encontrou uma empresa interessada na ciência e aberta ao diálogo, diz. Para ele, a CI ajudou a Agropalma a organizar os “anseios” que a companhia já tinha sobre responsabilidade ambiental.

A Agropalma mantém 27 vigilantes, dois inspetores, um supervisor e um coordenador. Eles percorrem as propriedades em busca de atividades suspeitas.

BALANÇO NEGATIVO DE CARBONO

A companhia monitora suas emissões desde 2013. A empresa emite gases, por exemplo, quando usa combustíveis fósseis, prepara área para plantio e utiliza fertilizantes, mas sequestra carbono ou evita emissões quando estabelece as palmeiras em áreas antigas de pastagem, preserva a floresta e usa biomassa para gerar energia. “Nosso balanço de carbono é negativo”, diz Brito.

Na área operacional, as maiores emissões ocorrem nas lagoas de tratamento de efluentes da produção de óleo, com a geração de metano. A empresa vai instalar biorreatores até 2025 para capturar o gás, que pode ser usado para geração de eletricidade ou nas caldeiras da própria companhia. “Vamos eliminar 80% de nossas emissões operacionais de gases de efeito estufa”, afirma Brito.

O executivo acrescenta que o rigor com que a empresa trata as questões socioambientais “irradia” para sua cadeia de suprimentos. A Agropalma tem um Código de Ética e Conduta que obriga fornecedores e prestadores de serviços a cumprir as leis trabalhistas e ambientais para fechar contratos com a companhia.

“Conseguimos demonstrar que é possível ter uma produção em escala industrial aliada à preservação e mostramos que a preservação ajuda no negócio”, declara Brito. A Agropalma produz 160 mil toneladas de óleo vegetal por ano (100% rastreáveis, da colheita ao produto final) e emprega cerca de 5,3 mil pessoas.

DESEMPENHO AMBIENTAL E SOCIAL

Resultados atingidos pela Agropalma; empresa combate as mudanças climáticas e tem balanço negativo de carbono

 

Fonte: Estúdio Folha

Agropalma investe para elevar em 50% sua produção até 2025

Líder em óleo de palma no país, a Agropalma, controlada pelo Conglomerado Alfa, deu início a um projeto para ampliar em 50% sua produção nos próximos cinco anos, a partir de investimentos que deverão somar algumas centenas de milhões de reais. A empresa, cujo faturamento cresceu 40% em 2020, para R$ 1,4 bilhão, fabrica atualmente entre 160 mil e 17 0 mil toneladas por ano, destinadas sobretudo à indústria de alimentos, ao food service e ao segmento de cosméticos no mercado doméstico.

Segundo Beny Fiterman que preside a Agropalma e as empresas não financeiras do Alfa em geral, o avanço previsto é baseado em uma estratégia cujo foco está na planta. Ou seja, os aportes estão sendo direcionados a ganhos de produtividade, que atualmente é da ordem de 16 toneladas de fruto por hectare, em média. “O objetivo é chegarmos a entre 24 e 25 toneladas”, disse o executivo.

Nesse processo, a Agropalma está investindo em melhorarias no controle de ervas daninhas, ampliação de podas, ajustes nos níveis de acidez do solo, controle de nutrição com fertilizantes químicos e orgânicos, redução do ciclo de colheita e no trabalho de extração, com mais treinamentos em campo. Novas tecnologias, como o uso de drones no monitoramento das plantações, também estão sendo empregadas.

A empresa controla uma área de 107 mil hectares no município de Tailândia, no Pará, dos quais 64 mil hectares são reservas florestais e o restante (43 mil hectares) é destinado às plantações. Conta com 12 certificados internacionais de sustentabilidade e faz parte da Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável (RSPO, na sigla em inglês).

A produção também é engordada por fornecedores parceiros, entre os quais 207 agricultores familiares que recebem treinamento e capacitação, contam com o apoio da estrutura social montada pela Agropalma, que também serve aos 5,3 mil funcionários da empresa, e têm garantia de compra da colheita.

De acordo com Fiterman, o projeto de ganhos de produtividade da companhia também inclui aportes em suas cinco unidades de extração de óleo bruto, onde estão sendo feito melhorias para a reduzir o consumo de água, e duas indústrias de refino.

Independentemente do que poderá acontecer com o controle da Agropalma, tema sobre o qual Fiterman preferiu não comentar – com a morte de Aloysio Andrade Faria, no ano passado, a família está avaliando o futuro de ativos e da gestão do Conglomerado Alfa, consolidado pelo banqueiro -, o fato é que a confiança da empresa em relação ao crescimento do mercado de óleo de palma continua firme.

O executivo lembra que o óleo de palma é o óleo vegetal mais consumido do mundo. É usado nos setores de alimentos, cosméticos, químico e na produção de biodiesel e, com isso, representa mais de 30% do mercado global de óleos e gorduras – a fatia do óleo de soja, por exemplo, é de cerca de 25%.

Apesar dessa forte presença global, conquistada sob críticas de danos ambientais na Malásia e na Indonésia, que lideram a oferta, a produção brasileira de óleo de palma soma cerca de 600 mil toneladas por ano e, portanto, é insuficiente para atender à demanda doméstica, estimada em 1 milhão de toneladas. Com os planos em andamento, a Agropalma, que exporta cerca de 10% da produção, poderá superar 250 mil toneladas anuais até 2025.

Fonte: Valor Econômico

C-Suite: Marcella Novaes é a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora na Agropalma

Os últimos 15 dias foram agitados para uma série de empresas nacionais e internacionais, que realizaram diversas mudanças no alto escalão. Esta edição do C-Suite destaca o novo corpo diretivo da Piemonte Holding, instituição financeira que anunciou três novos diretores: Nathalie Afonso, Claudio Cornetti e Victor Almeida, que atuarão na expansão e fortalecimento dos processos operacionais da empresa.

Ainda no setor financeiro, a fintech brasileira PicPay anunciou Eduardo Chedid como vice-presidente de serviços financeiros. O executivo soma passagens por empresas como Elo, Visa, Cielo e Credicard.

No setor automotivo, a Mercedes-Benz anunciou duas mudanças: uma local e outra global. Dirlei Dias será o novo responsável pelo pós-venda de automóveis e vans no Brasil. A empresa também anunciou Karin Rådström como membro do conselho de administração da Daimler Truck AG e chefe mundial da Mercedes-Benz Trucks.

A Sandoz, do Grupo Novartis, também promoveu mudanças no corpo diretivo. Juliana Kakimoto será a nova diretora de jurídico e ERC (ethics, risk e compliance) e Rodrigo Salman ficará no cargo de diretor de excelência comercial e digital, nova área da companhia.

Nesta edição, a Forbes conversou com Marcella Novaes, que foi recentemente nomeada como nova diretora administrativa da Agropalma, produtora brasileira de óleo de palma sustentável. A executiva é a primeira mulher a assumir a posição na empresa e tem passagens por Nokia, Coca-Cola e Whirlpool.

Leia, a seguir, a entrevista completa com Marcella Novaes para saber mais sobre nova posição e as ações ESG da empresa no Brasil:

Forbes: Quais são seus principais desafios e objetivos como diretora administrativa da Agropalma?

Marcella Novaes: Ser a primeira mulher a assumir a diretoria de uma grande empresa faz com que você se torne uma referência para outras mulheres. O primeiro ponto que eu destacaria como desafio é essa responsabilidade de ser uma referência, dentro e fora do grupo Agropalma, para que outras mulheres percebam que existe a possibilidade de um crescimento profissional, inclusive para posições estratégicas. Temos vários projetos que dão suporte a todo o processo de desenvolvimento de carreira na empresa.

Outro desafio é com relação à abrangência da diretoria administrativa. Assumi nove diferentes áreas, que somam quase 400 colaboradores, e sou responsável por todos os processos, com a principal função de garantir que a governança institucional seja claramente difundida e cumprida em todos os setores. Nesse sentido, é fundamental aplicar a experiência em gestão de pessoas, já que para tomar uma decisão ou traçar uma estratégia, é preciso considerar o impacto que essas medidas podem causar em cada colaborador, no âmbito pessoal e profissional, e, ainda, no clima organizacional das unidades.

F: O Brasil é um dos principais países no mundo no segmento agrícola. Como você analisa o atual momento do mercado – levando em conta toda a conjuntura econômica – para a empresa?

MN: No ano passado, ninguém imaginava que poderíamos enfrentar uma pandemia e passar por todas as situações que estamos vivendo até hoje, como reflexo dela. No início, ninguém acreditava que a pandemia iria perdurar por tanto tempo. Isso desestabilizou todo o planejamento que tínhamos para 2020. As empresas se reinventaram e o segmento agrícola acabou conseguindo ter um resultado positivo no ano, melhor do que imaginávamos. O cenário que víamos no primeiro trimestre de 2020 era muito negativo, mas conseguimos fazer a reestruturação necessária e tivemos um bom resultado, assim como outras empresas do mesmo setor.

Hoje, ainda tentamos identificar quando essa situação ficará mais controlada, porque há uma instabilidade em todas as cadeias, incluindo consumo, processos, serviços e fabricação. Agora, por exemplo, estamos passando por muitas dificuldades em relação às matérias-primas, porque os fornecedores não estão conseguindo nos atender com contratos anuais. São desafios que estamos vivendo que, realmente, podem vir a impactar e, novamente, as empresas precisarão se reestruturar, replanejar e buscar alternativas para solucionar essas demandas, nessas novas situações que estão surgindo. Em algumas regiões, ainda há restrições de funcionamento das empresas, mas como somos uma companhia de alimentos, continuamos em atividade. Nossa prioridade, porém, é garantir a segurança e a saúde dos nossos colaboradores e, assim, manter a operação com sustentabilidade financeira.

F: Quais os principais projetos e políticas da Agropalma em relação às pautas ESG?

MN: Para cada área, temos vários projetos. Temos políticas específicas que orientam todos os processos de gestão, mas desenvolvemos ações e programas dirigidos para cada uma delas, anualmente. Entendemos que, para as áreas social e ambiental, esse trabalho é contínuo, não tem como não olhar para essa pauta. Disseminamos o respeito à fauna e à flora em todas as unidades e mantemos uma relação muito próxima com as academias e órgãos de pesquisas, para prosseguirmos com nossos programas de preservação.

No âmbito social, mantemos uma relação constante com a comunidade. Nosso principal papel é garantir que as comunidades locais, onde as unidades da empresa estão inseridas, sejam as primeiras a fazer parte do quadro funcional. Em nossa unidade em Tailândia (PA), temos 4.500 funcionários e toda nossa busca por profissionais qualificados é na região. Trabalhamos com três municípios e entendemos que toda movimentação da empresa também atrai profissionais de outras regiões, que acabam morando nesses locais. Quando fazemos uma seleção, levamos em consideração que vamos ajudar a movimentar a economia daquela cidade.

Outro fator de extrema importância para nós é a educação. Temos a Escola Agropalma, que foi criada para atender alunos da educação infantil ao ensino médio, na região da Tailândia. Oferecemos o programa pré-Enem, que não é exigido por lei, mas disponibilizamos aos nossos alunos do ensino médio para que possam se preparar melhor para o exame, como parte do nosso Projeto do Futuro. Entendemos que esses alunos, ao saírem da escola, terão condições de atingir a pontuação necessária para ingressar nas universidades que quiserem. Este ano, o Enem ainda está em andamento, mas de 2019 para 2020 tivemos 10 alunos que passaram em universidades públicas, de um total de 16 que fizeram a prova. A educação está diretamente ligada ao crescimento profissional desses jovens e trabalhamos para que todos tenham oportunidades.

Leia mais em: https://forbes.com.br/carreira/2021/02/c-circuit-marcella-novaes-e-a-primeira-mulher-a-ocupar-o-cargo-de-diretora-na-agropalma/